DIFICULDADES ATUAIS NA FORMAÇÃO DE UM ENGENHEIRO
Esse foi o artigo mais trabalhoso que escrevi e o mais prazeroso também, tendo como objetivo buscar alternativas para enfrentar a crise que acomete a Construção Civil e o Pais, assim incentivando os graduandos através de experiências já vividas e ás dificuldades que engenheiros atuantes, engenheiros recém-formados, docentes com formação em engenharia e estudantes prestes a se formar enfrentaram no período estudantil até sua formação profissional através de pesquisa de campo.
Considerando o fato da crescente crise que o país vem enfrentando e o regresso do PIB (Produto Interno Bruto) na construção civil de acordo com gráfico apresentado abaixo, o panorama em declínio por causa da retração da atividade no setor, restrição ao crédito imobiliária, alta dos juros e aumento da inflação refletindo diretamente na diminuição da empregabilidade em geral.
Contudo de acordo com a pesquisa realizada foi evidenciado o otimismo com o qual os profissionais da área estão reagindo à crise e como a preparação dos graduandos é fundamental para conseguir colocação no mercado de trabalho.
Vamos apresentar sugestões e experiências para o incentivo do graduando em sua formação acadêmica o qual poderá auxiliar na conciliação do aprendizado teórico a pratica.
Encontrando recursos em meio à crise!
O desenvolvimento do trabalho deu-se com um questionário com 16 perguntas para identificar as necessidades e dificuldades dos engenheiros. Dentre ás perguntas foram selecionadas ás principais de acordo com a relevância ao objetivo do trabalho, com enfoque indutivo, consistindo em analisar os problemas propostos e buscar uma solução, a pesquisa em campo em forma de questionário físico e através de e-mail que foi enviado a varias localidades do país, desde Guarujá minha cidade natal e de alguns estados como São Paulo, Rio de Janeiro, Brasília, Paraná, Ceará e Santa Catarina.
1. Qual sua formação e porque escolheu Engenharia? Os engenheiros entrevistados são das seguintes formações:
A escolha na maioria dos casos é por aptidão aos cálculos, sonho ou amor pela profissão.
2. Qual a maior dificuldade que enfrentou enquanto fazia o curso?
Conciliar o cansaço do trabalho aos estudos, mensalidade cara, acesso a estágios, base insatisfatória de cálculos na escola e criar responsabilidade pelos estudos.
3. Quais foram ás matérias de maior relevância? Por quê?
Resistência dos Materiais, Estabilidade das Construções, Teoria das Estruturas e Cálculos Estruturais. Por serem matérias especificas a área, que asseguram a funcionalidade das construções e seguram em geral.
4. Quais matérias teve maior dificuldade ou precisou se dedicar mais?
Resistência dos Materiais, fenômenos dos transportes, cálculos e física.
5. Teve um mentor educacional no período de aula?
99% não tiveram.
6. Você acha que o conteúdo que é ministrado nas universidades por si só é suficiente para formar um bom profissional?
99% responderam que não, porem todos justificaram que a responsabilidade da faculdade é dar uma base acadêmica e teórica, mas cabe a cada aluno buscar conhecimento por si, pois a facilidade com meios de pesquisas são amplos, e a própria universidade por vezes dispõe meios para o mesmo.
7. Qual a maior deficiência educacional em seu período de curso?
Falta de conexão da teoria com a pratica, exemplificar o que se aprende em sala com aulas pratica em laboratório, monitoria assistida, orientação educacional especifica, isto é palestras com métodos de aprendizagem para os alunos com o intuito de aperfeiçoar o que se aprende em sala e com as avaliações periódicas, qualificação especifica do docente de acordo com as matérias ministradas, visitas técnicas, estimular os alunos com competições praticas vinculando o que se aprende em sala com a área de trabalho, incentivo aos alunos a criação de portfólios e parcerias com empresas para estagio.
8. Assim que se formou, foi fácil encontrar trabalho ou ainda está procurando?
50% responderam que foi fácil pelo aproveitamento de estar estagiando, 13% são estudantes e estão buscando estagio, 30% engenheiros formados que estão buscando colocação e 7% estão estudando para concursos.
9. Quais cursos em paralelos você indicaria aos estudantes?
1º Lugar Inglês, AutoCad, Project, TQS, Excel, Solid Works, Leitura e Interpretação de Projetos, apresentação pessoal, revit e Gestão de Projetos.
10. Você acha importante o trabalho ser prazeroso ou apenas um compensador financeiro?
Todos responderam que o mais importante é gostar do que faz, o que consequentemente resultará na compensação financeira.
11. Você concorda com ás noticias de expectativa de empregabilidade na Construção Civil só em 2018?
90% discordam, pois apesar de ter refletido diretamente no setor, a previsão para o ano que vêm já é bem melhor. Os brasileiros não estavam preparados com a mudança de padrões que aconteceram esse ano o que gerou tanta repercussão a crise, contudo ano que vêm varias adaptações serão feitas no setor, desde o padrão das construções até nos investimentos pelos empresários, assim trazendo otimismo a Construção Civil.
12. Quais experiências e conselhos você daria aos graduandos e porque continuar estudando mesmo com a crise e a expectativa baixa de empregabilidade depois de formado.
“Trabalhei na roça até os 14 anos de idade. Fui para a cidade grande, estudei com bolsa para pagar depois de formado. Paguei a minha bolsa trabalhando como engenheiro. Trabalhei em grandes empresas, construí uma família maravilhosa, conheço 19 países e prestei serviços de engenharia para 32 cidades. Tenho muito orgulho em ter escolhido a engenharia como profissão.”
A maior demanda na Engenharia Civil é para Engenheiros empreendedores.
Profissionais criativos e que pensam fora da caixa.
O país precisa de muitos engenheiros para poder manter um crescimento saudável, por isso entendo que a dificuldade em conseguir trabalho é temporária.
Os estudantes não devem desanimar com as dificuldades na faculdade e sempre buscar mais conhecimento e ser diferenciado, seguir sua intuição, procurar fazer estágios em diferentes áreas para conhecer bem o campo que poderá atuar, estudar muito e de forma organizada, ser confiante na sua capacidade, procurar trabalhar e estudar com pessoas comprometidas e animadas com os mesmos objetivos que o seu, respeitar o próximo, pois cada pessoa tem suas próprias habilidades e dificuldade, evitar pensar que sabe mais do que outros, treinar suas aptidões sendo mais produtivo, simplificar o trabalho assim ganhando tempo, cumprir prazos, trabalhar com boa fé, buscar os cursos que são mais requeridos na área de atuação, participar de grupos de pesquisas para troca de experiências, atualizar o currículo de forma simples e sucinta sem excessos e trabalhar continuamente para concretizar o sonho de Engenhar.
Conclusão
Após analise de todas as informações obtidas, conclui-se que apesar do declínio que acomete todos os setores no país e na construção civil que foi o foco central da pesquisa, tem-se uma boa expectativa de trabalho a partir de 2016.
O físico alemão Albert Eintein expressou sua opinião sobre a crise: "Não pretendemos que as coisas mudem, se sempre fazemos o mesmo. A crise é a melhor benção que pode ocorrer com as pessoas e países, porque a crise traz progressos. A criatividade nasce da angústia, como o dia nasce da noite escura. É na crise que nascem as invenções, os descobrimentos e as grandes estratégias. Quem supera a crise, supera a si mesmo sem ficar 'superado'. Quem atribui à crise seus fracassos e penúrias, violenta seu próprio talento e respeita mais aos problemas do que às soluções. A verdadeira crise, é a crise da incompetência. O inconveniente das pessoas e dos países é a esperança de encontrar as saídas e soluções fáceis. Sem crise não há desafios, sem desafios, a vida é uma rotina, uma lenta agonia. Sem crise não há mérito. É na crise que se aflora o melhor de cada um. Falar de crise é promovê-la, e calar-se sobre ela é exaltar o conformismo. Em vez disso, trabalhemos duro. Acabemos de uma vez com a única crise ameaçadora, que é a tragédia de não querer lutar para superá-la."
Os profissionais mais preparados terão grande vantagem na corrida por vagas, então o momento de se preparar é agora. Essa pesquisa contribuiu com uma visão ampla do que é crise e como devemos buscar recursos para sobrepujar a mesma. De uma forma bem pessoal de enfrentar a crise, fiquei desempregada por um período e comecei a vender tortas e bolos na faculdade, hoje estou trabalhando e ainda vendendo tortas no trabalho assim tendo uma renda extra. A crise é a melhor maneira de se conhecer e buscar novas soluções.
Os esforços dos graduandos atualmente deve ser continuo tendo um bom planejamento, responsabilidades pelos estudos e os olhos fixos no objetivo final que é se tornar um bom Engenheiro.
Gostaria de agradecer a participação de todos os docentes da minha instituição com a contribuição do conhecimento e experiencia em campo, todos os engenheiros e estudantes que participaram da pesquisa, aprendi muito com cada um, abaixo o nome de alguns profissionais que autorizaram a divulgação dos seus nomes e os que não autorizam muito obrigada por ter respondido a pesquisa.
Allan Vieira da Cruz - Cursando Engenharia Civil 8° Semestre
Rodrigo Alves Salgado - Engenharia Civil
Robert Cardoso - Engenharia de Controle e Automação
Luana - Engenharia Civil
Márcio Tavares - Professor e Coordenador do Curso de Engenharia Civil da UNAERP Guarujá.
Feliz 2016 a todos!!!
Referencias
Revista Exame, caderno economia disponível <http://exame.abril.com.br/economia/noticias/panorama-para-a-construcao-civil-tem-pior-nivel-em-16-anos>. Acesso em: 10 de outubro de 2015
Revista Veja, caderno economia, disponível <http://veja.abril.com.br/noticia/economia/sem-obras-pib-da-construcao-deve-cair-86-02/>. Acesso em: 10 outubro 2015
Wikiquote <https://pt.wikiquote.org/wiki/Albert_Einstein> Acesso em 29 outubro de 2015
Revista Exame, caderno economia disponível <http://exame.abril.com.br/economia/noticias/panorama-para-a-construcao-civil-tem-pior-nivel-em-16-anos>. Acesso em: 10 de outubro de 2015
Revista Veja, caderno economia, disponível <http://veja.abril.com.br/noticia/economia/sem-obras-pib-da-construcao-deve-cair-86-02/>. Acesso em: 10 outubro 2015
Wikiquote <https://pt.wikiquote.org/wiki/Albert_Einstein> Acesso em 29 outubro de 2015
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