O Poder da mulher na Engenharia!





Pouca gente sabe mais a primeira mulher a ser formar como Engenheira Civil no Brasil foi Edwiges Maria Becker em mais o menos 1919, aí deu-se inicio ao legado feminino nas ciências exatas. O que todos sabem é que a mulher ao longo do tempo sofreu muito preconceito. No Brasil as escolas de engenharia nasceram em berço militar o que dificultava a inserção da mulher nesse espaço.

Entretanto estamos em 2016 e já se passaram quase 100 anos de muita luta para o reconhecimento do espaço da mulher como profissional. 
E esse artigo é especificamente para falar do poder de mulheres reais do nosso cotidiano, que lutam diariamente para abrir espaço profissional independe de gêneros.  

O primeiro contato que tive com uma  Engenheira foi em meu primeiro estagio, onde pude conhecer e admirar a postura profissional da Engenheira e Docente Daniela Carvalho acompanhei vistorias em instalações já prontas e com alguns anos de uso, para verificar problemas estruturais (patologia das instalações) avaliações e perícias. Com isso vivenciei o respeito que os outros profissionais tem por ela, então fiz uma pequena entrevista com o intuito de mostrar a todas as mulheres e homens que acompanham o blog que conhecimento aliado a trabalho duro é que realmente faz a diferença.

Quais as principais dificuldades que enfrentou para se formar?
Acredito que as dificuldades foram as mesmas quando comparadas com os alunos homens, a grande diferença era na hora de conseguir um estágio, enquanto os homens conseguiam oportunidades em obras, no campo mesmo, para as mulheres restavam as oportunidade em escritório, o que muitas vezes acaba por direcionar para áreas específicas.

Quais as principais dificuldades que enfrentou para entrar no mercado de trabalho?
A mesma situação ocorre quando da entrega no mercado de trabalho, as vagas operacionais ficavam mais com os homens. Eu consegui uma oportunidade na área operacional 6 meses após me formar. Uma obra localizada em Catalão - GO, para isto tive de aceitar a mudança não só de cidade mais de Estado e todas as dificuldades operacionais que existiram na época.

Se sofreu preconceitos ou assédio por ser mulher e como reagiu a esses preconceitos?
O preconceito sim, a maioria com os subordinados que sempre acham que mulher não entende nada de engenharia. 
Sempre mantive um comportamento pessoal bem reservado para afastar qualquer possibilidade de assédio, acredito que isto tenha evitado que o assedio ocorresse, mas tenho outras amigas na profissão que já relataram a ocorrência.

Você já se sentiu desvalorização por ser mulher e ter a remuneração baixa?
Sim, já ocorreu de estar na mesma área de trabalho com mesmo cargo e função e ter salário menor que o colega homem, as justificativas foram sempre diversas, maior tempo de casa, ou maior tempo da profissão.

Qual o principal conselho que pode dá às estudantes de engenharia em meio esse tempo de crise?
A competição esta grande e as oportunidades restritas, quem estiver mais bem preparo levará a vaga, então foco nos estudos para que o seu conhecimento sempre esteja mais apurado do que o seu concorrente.

Pude concluir que o mercado de trabalho a muito tempo exige um pouco mais das mulheres, até mesmo pelas tradições que ainda estão no nosso meio, contudo a mulher tem o poder de Ser e Fazer o que quiser, porque além do profissional a mulher divide o tempo com varias outras responsabilidades. A Engenheira Daniela é mais um exemplo entre muitas outras mulheres de sucesso que fazer a diferença. Precisamos cada dia mais abrir espaço com nosso talento e competência. Hoje conheço varias mulheres que fazem Engenharia e são atuantes no mercado de trabalho e cada dia mais abrem oportunidades para as futuras engenheiras como eu e muitas outras amigas que se dedicam ao que realmente acreditam! 
"No meio da dificuldade encontra se a oportunidade", então acredite no seu potencial e faça o seu melhor.

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