Cidade mineira vai abrigar maior planta de energia solar do continente
Novas tecnologias, investimentos na casa dos bilhões de reais e muito sol. Minas Gerais é referência como palco da indústria de energia solar em todo o Brasil

Prefeitura Pirapora Minas Gerais é o estado com mais usinas de micro e mini geração de energia em todo o país.
Como será a relação entre pessoas, consumo e energia no futuro? Muitas respostas podem surgir quando pensamos nas melhores soluções, porém de maneira prática, a energia solar é um caminho real e que já começa a apresentar grandes resultados ao redor do mundo, inclusive aqui no Brasil. Um bom exemplo dos esforços direcionados para mudança da matriz energética no país vem de Minas Gerais, onde a maior planta de energia solar da América Latina será instalada nos próximos três anos. A região mineira escolhida foi Pirapora, norte do Estado.
A responsável pelo projeto é uma empresa recentemente fundada e que nasceu justamente para trabalhar com energia solar, a Sunew. Esta é a única empresa em todo o continente americano com tecnologia de produção que permite a criação de células fotovoltaicas em material flexível. O modelo tradicional trabalha com placas rígidas. Sempre é válido relembrar que captação da luz solar é feita por tais células.
Será inaugurada em 2016 a usina solar de Valente, cidade localizada no noroeste de Minas Gerais. Já a usina de Pirapora, de acordo com o planejamento inicial, deve começar a operar em 2017.
Nesta altura do post você pode estar se perguntando: Por que tantas usinas de energia solar em Minas Gerais? O motivo é bem simples: o Estado recebe insolação (quantidade de energia solar) em níveis que podem superar o Nordeste, dependendo da região. “A radiação solar de Minas Gerais mostra um grande potencial para a implantação de sistemas solares fotovoltaicos”, complementou Alexandre Heringer Lisboa, presidente da Efficientia, empresa de eficiência energética da Cemig.
Outro ponto fundamental para instalação de usinas de energia solar em Minas é a infraestrutura existente no entorno. “Uma vantagem de Pirapora é que lá as linhas de transmissão já existem”, diz Gil Pereira. Já a espanhola Solatio (responsável pela usina de Pirapora) ressalta que a geografia local, pontos de acessibilidade e diferenciais logísticos são fatores determinantes para a escolha do Estado como foco dos investimentos.
Geração de energia por todos os lados
De acordo com Sunew, a nova tecnologia de painéis orgânicos permite a aplicação das células fotovoltaicas em diferentes superfícies, como a fachada de um prédio ou mesmo o teto de um automóvel. Segundo a empresa, tal inovação é exclusiva no Brasil e com resultados eficazes em outros países, como Coreia do Sul, Alemanha e Japão.
Chamados de OPV, os painéis orgânicos são leves, flexíveis e ao mesmo tempo muito resistentes, permitindo a aplicação em diferentes situações. “O OPV não compete diretamente com o silício, ele é complementar. Uma célula de silício dura 25 anos; eu também consigo fabricar um produto com essa durabilidade, mas, dependendo do uso, não preciso. A capa de um tablet, por exemplo, não precisa de tanto tempo, e eu posso criar um material mais barato e menos durável”, explica Marcos Maciel, CEO da Sunew.
Sobre as vantagens do modelo, o CEO ressalta que o peso reduzido permite a aplicação da tecnologia em diferentes pontos. “Enquanto uma célula de silício pesa 25 kg, o meu painel pesa 0,5 kg, por isso posso desenvolver projetos, como estamos fazendo com a Fiat, para colocar painéis no teto dos carros. Imagina deixar o carro no sol a uma temperatura de 30°. Se um ventilador ficar ligado, sendo alimentado pela energia solar, quando você voltar a temperatura dentro do carro vai estar muito mais amena”, defende Maciel.
Resumindo, que às tecnologias atuais possam a cada dia mais mostrar sua capacidade de suprir às necessidades geradas por nós mesmos, aproveitando os recursos que ainda nos restam de forma sustentável.
Matéria completa no site Pensamento Verde.
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